Conheça os estudos sobre geração de hidrogênio verde desenvolvidos pela FIEC

Publicado em: 02 Set 2022
Conheça os estudos sobre geração de hidrogênio verde desenvolvidos pela FIEC

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) criou uma estrutura robusta de tecnologias, pesquisas e network para investir no processo de geração de hidrogênio verde. Originada por meios sustentáveis, a alternativa pode ser utilizada, de forma responsável, como insumo para as indústrias, hospitais e domicílios, além de combustível para automóveis. Considerado um meio de descarbonização das principais atividades econômicas e sociais, o produto é uma das maiores oportunidades de investimento. No Brasil, o maior potencial está no Nordeste e o Ceará destaca-se nesse cenário, particularmente pela localização geográfica.

O hidrogênio é separado do oxigênio da água por um processo chamado eletrólise. Normalmente, esse procedimento utiliza corrente elétrica; porém, quando realizado a partir de fontes renováveis, como a energia solar ou eólica, deixa de emitir dióxido de carbono na atmosfera. O resultado é o hidrogênio verde, ou seja, sustentável.

O Brasil é um dos países com maior potencial de geração de energia limpa. Só de energia solar, o país pode produzir 28.500 GW. Isso significa que é possível gerar 160 vezes mais energia de origem fotovoltaica do que das demais origens. Quando se trata de energia eólica, o potencial brasileiro é de mais de 2000 GW. Aproximadamente, 80% da capacidade instalada para ambas as tecnologias está no Nordeste.

Os dados são fornecidos pelo Atlas Eólico e Solar do Ceará, o primeiro produto digital do país a contemplar estimativas sobre o aproveitamento de parques híbridos e de geração distribuída. As informações estão organizadas em um portal, que pode ser acessado por qualquer interessado.

Com um computador ou smartphone, investidores de todo o mundo podem verificar as melhores regiões brasileiras para se instalar tecnologias de geração de energia fotovoltaica ou eólica. O Atlas monitora incidência de vento, horários propícios, espaços disponíveis, complementariedade de funcionamento entre as tecnologias e outros dados fundamentais para a tomada de decisões ao empreender em um negócio do segmento.

Os estudos também contemplam um capítulo específico sobre o hidrogênio verde, com perspectivas de custo, utilização, aplicabilidade, geração de negócios e oportunidades de fundos e projetos de desenvolvimento da tecnologia de produção. Há, por exemplo, a projeção de que o Brasil possa oferecer o hidrogênio sustentável mais barato do mundo, a partir de 2024.

A australiana Energyx Energy enxergou oportunidade de investimento imediato. Em fevereiro deste ano, a empresa assinou memorando de entendimento com a FIEC e o governo estadual para a construção de uma usina do combustível no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). O orçamento anunciado foi de US$ 5,4 bilhões, a ser aplicado ao longo dos próximos anos.

Também foi assinado decreto criando um Grupo de Trabalho, do qual a FIEC e a Universidade Federal do Ceará fazem parte. O grupo conduzirá a implantação de um hub de hidrogênio verde

no Ceará. Nesse sentido, o SENAI/CE ministrou curso para preparar mão de obra para atender à demanda. A primeira turma conta com mais de duas mil candidaturas.

O governo estadual aprovou ainda os decretos nº 34.221/2021, que desobriga a retenção do ICMS devido por substituição tributária incidente sobre a entrada de energia elétrica no Ceará para a produção de Hidrogênio Verde, e nº 34.733/2022, que institui o Plano Estadual de Transição Energética justa do Ceará – CEARÁ VERDE.

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