Uma equipe de 72 profissionais multidisciplinares da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) monitora, em tempo real, as principais informações que impactam nas empresas e no setor público nacional. Os dados são gerados por meio de pesquisas e de inteligência artificial. Pela confiabilidade e volume, as informações servem como um norte para a tomada de decisões de investimentos e para a elaboração de políticas públicas em todo o país.
O levantamento e a análise de dados são a rotina de trabalho do Observatório da Indústria do Ceará, um dos maiores e mais completos banco de dados com o perfil econômico do país. Guilherme Muchale, gerente do Observatório, apresentou o portfólio de serviços desenvolvidos pela equipe ao superintendente executivo do Conselho Nacional, general Pedro Fioravante, na última quarta-feira (17).
Acompanhado pelo consultor interno de Planejamento, Gestão e Fiscalização, Vitor Assunção, pela ouvidora Ruth Sampaio, e pela conselheira Francisca Trajano, o general realizou visita técnica ao estado para conhecer os principais resultados do SESI no Ceará. O Observatório da Indústria foi pauta da primeira de uma série de reuniões com o presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, o superintendente do SESI no estado, Paulo André Holanda, diretores e assessores das áreas técnicas.
Projetos e base de dados
O portfólio de serviços é baseado em três pilares: inteligência em dados; prospecção e cooperação estratégica; e inteligência competitiva.
No pilar "inteligência em dados”, são coletadas, tratadas e disponibilizadas informações sobre temas como média salarial, perfil de profissionais, tendências de inovação, energia e saúde. Os dados podem ser filtrados por estado, região ou país. Os dashboards ficam disponíveis na página https://www.observatorio.ind.br/inteligencia-de-dados, e servem para ajudar na tomada de decisões de gestão das empresas e nos estudos estatísticos. “Cada passo que a gente dá, tem dados para ser mais assertivo”, explica o economista Guilherme Muchale, gerente do Observatório.
Na “prospecção e cooperação estratégica”, o trabalho é voltado às tendências tecnológicas, o que permite a antecipação de cenários para desenvolvimento de produtos e serviços inovadores. Nesse aspecto, as pesquisas são direcionadas para temas como Água, Biotecnologia, Construção, Minerais, Logística, Indústria Agroalimentar, Meio Ambiente, Segurança Pública, Turismo, Economia Criativa, Tecnologia da Informação, entre outros. Os estudos podem ser acessados no link: https://www.observatorio.ind.br/prospectiva-e-cooperacao.
O último pilar, “inteligência competitiva”, abrange estudos setoriais e análise conjuntural. São feitas pesquisas e sondagens empresariais, algumas em parceria com órgãos públicos. Trimestralmente, são publicadas cartas à comunidade, com comparação de resultados entre os estados nordestinos. Os documentos e mais detalhes sobre o pilar estão disponíveis em: https://www.observatorio.ind.br/inteligencia-competitiva.
Os três pilares dão origem à projetos de amplo alcance. Um dos destaques são as Rotas Estratégicas Setoriais, uma série de documentos que apontam caminhos a serem priorizados em cada setor até 2025. No processo de elaboração de cada Rota, são identificadas tendências sociais e tecnológicas, oportunidades para atração de investimentos e para o fortalecimento das cadeias produtivas, necessidades de inovação e de capital humano, assim como as ações que viabilizarão um grande salto no desenvolvimento do Estado.
O Observatório também atua em parceria com o Ministério da Economia em ações para minimizar o Custo Brasil. Estima-se que os empresários brasileiros gastem até R$ 1,5 trilhão a mais do que o fariam se investissem em outros locais do mundo. A comparação é feita com base na média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Para reduzir esse custo, a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (SEPEC) do Ministério da Economia e o Observatório da Indústria identificam e analisam tecnicamente os aspectos que pode servir como subsídios para reformas estruturantes e medidas infralegais, com vistas a melhorar o ambiente de negócios nacional.
O Observatório também é responsável pelo rastreamento da cadeia de produção de Atum, pela manutenção do Atlas Solar e presta apoio à parceria de gestão do Porto de Roterdã e o Governo do Ceará para Zona de Processamento de Exportação do estado (ZPE).
Por possuir amplitude dos dados, a FIEC presta consultoria para outros estados, como às federações de Santa Catarina e do Paraná, que se beneficiam dos estudos realizados pelas equipes ou da possibilidade de solicitar novas pesquisas de interesse da Indústria.