Com foco na proteção dos trabalhadores e na capacidade de adaptação da indústria, o Serviço Social da Indústria (SESI) realizou, nesta quarta-feira (27), no SESI Lab, em Brasília, o Workshop de apresentação e análise do Protocolo de Resposta às Emergências Climáticas por Inundação.
A iniciativa, desenvolvida em cooperação com o Ministério da Saúde, tem como objetivo fortalecer a capacidade das empresas diante de eventos climáticos extremos, preservando vidas e assegurando a continuidade produtiva.
O documento estabelece diretrizes técnicas e normativas que orientam empresas na prevenção, mitigação, resposta e recuperação em situações de inundações, em alinhamento com planos e estratégias de defesa civil, saúde e meio ambiente.

O diretor superintendente do SESI, Paulo Mól, ressaltou a importância da iniciativa no fortalecimento da proteção social e do papel da indústria diante da crise climática.
“Os dados mostram que eventos climáticos extremos serão cada vez mais frequentes. O protocolo representa uma resposta estratégica de quem tem a missão de cuidar das pessoas. Temos grande expectativa em relação a este instrumento, que é relevante, oportuno e necessário”, ressaltou o diretor superintendente.
Na sequência, o presidente do Conselho Nacional do SESI, Fausto Augusto Junior, destacou que os efeitos das mudanças climáticas já impactam diretamente a realidade brasileira e exigem respostas coordenadas. Ele citou episódios recentes, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a seca na região Norte, para reforçar a urgência do tema.

“Não dá mais para tratar as mudanças climáticas como algo distante. Elas já estão entre nós. Logo após as enchentes no Sul, vivenciamos a seca no Norte, onde os rios são as principais vias de abastecimento. Esses eventos evidenciam a dimensão do problema e a urgência em enfrentá-lo. Com a proximidade da COP30, temos a oportunidade de debater o tema e propor diretrizes para que as empresas atuem na prevenção e mitigação dos impactos climáticos”, afirmou Fausto Augusto Junior, ao defender respostas imediatas e planejamento diante dos efeitos das mudanças no país.
O superintendente da Saúde e da Indústria do SESI, Emmanuel Lacerda, acrescentou que a CNI mapeou municípios brasileiros com risco de inundação, informação que orienta a elaboração de medidas específicas.

“A CNI mapeou 60 municípios que têm vulnerabilidade de inundação no Brasil. É para esse cenário que o protocolo se volta, buscando fortalecer a resiliência da indústria a partir da integridade física de seus trabalhadores”, destacou.
O workshop contou com a presença de representantes de ministérios, do Conselho Nacional do SESI, do Observatório Nacional da Indústria e dos departamentos regionais do SESI do Rio Grande do Sul e do Pará. O evento representou uma etapa estratégica de validação do documento, que será lançado oficialmente em novembro de 2025, durante a COP 30.
Com a iniciativa, o SESI reafirma sua missão de promover a saúde e segurança dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que reforça a resiliência do setor e o compromisso brasileiro com a sustentabilidade e a adaptação às mudanças climáticas.