Belo Horizonte foi palco da quarta edição do Women Entrepreneur Forum (WeForum) nos dias 26 e 27 de março de 2025. O evento, que integra a agenda da Aliança Empresarial de Mulheres do BRICS (WBA), foi realizado no Teatro SESI MINAS e reuniu líderes empresariais de oito países com o objetivo de promover discussões sobre inovação, economia e liderança feminina.
As participantes debateram temas como política, energia, liderança, inovação, infraestrutura e igualdade de gênero no ambiente corporativo. O Conselho Nacional do SESI participou do encontro representado por Fanie Ofugi, gerente de Integridade, e pela especialista em projetos, Fabiana Florentino.
"O evento superou as expectativas. As palestras e discussões só reforçaram que somente com um esforço coletivo entre o setor público, privado, terceiro setor, organismos internacionais e a sociedade a mulher poderá ter o protagonismo que ela merece. A responsabilidade é de cada um de nós. Mostrou a competência e potência feminina em todos os espaços", avaliou a gerente Fanie Ofugi.
O WeForum também serve para promover parcerias e conexão entre as empresárias – um encontro de negócios estruturado para gerar oportunidades comerciais concretas, permitindo que as empreendedoras dialogassem diretamente com CEOs e líderes empresariais de diversos setores e países.
Estudo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Serviço e Comércio (MDIC) mostram que apenas 14% das empresas exportadoras brasileiras são lideradas por mulheres, abaixo da média de 24% registrada nos países do BRICS.
De acordo com os dados do panorama do empreendedorismo feminino no Brasil, parceria entre o PNUD, MDIC e ME, identificou que de 1,1 bilhão de pessoas no mundo e mais de 27% das mulheres da América Latina e Caribe vivem em pobreza muldidimensional. Do total da força de trabalho masculina, 34% é caracterizada como empreendedor “conta própria” no Brasil, enquanto do total da força de trabalho feminina o seguimento “conta própria” representa 23%.
Em entrevista para a Agência de Notícias da Indústria, Mônica Monteiro, presidente do capítulo brasileiro da WBA, disse que esse dado reforça a urgência de iniciativas que fortaleçam a participação feminina no comércio internacional.