Ricardo Alban, presidente da CNI, deu destaque ao papel da colaboração para a efetividade das ações, mencionando a intenção de se trabalhar de forma convergente com todos os atores do Sistema Indústria. Ao dar boas-vindas aos novos membros do CN-SESI, Alban ressaltou a importância das parcerias, mencionando a complexa gestão dos R$ 65 milhões no contexto de calamidade vivida no Rio Grande do Sul.
Gestão essa coordenada no estado pelo Superintendente Regional do SESI-RS, Juliano Colombo, que fez uma apresentação do cenário local e do uso dos recursos repassados pelo CN-SESI, para assistência emergencial. Colombo exibiu imagens e vídeos com depoimentos de vítimas assistidas e de funcionários do SESI que trabalharam na linha de frente.
Ações no Rio Grande do Sul
As ações emergenciais realizadas pelo SESI-RS em sua maior parte, foram realizadas em parceria com os poderes públicos local e federal. Em sua fala, Colombo agradeceu o apoio que o regional recebeu do presidente Fausto e do CN-SESI. Expressou gratidão pelo apoio fundamental, que permitiu a implementação de várias ações imediatas para auxílio à população e início da reconstrução do estado pós fase crítica.
De acordo com o superintendente, a cooperação do Conselho Nacional possibilitou levar unidades móveis de serviços de saúde a dezenas de municípios, realizar quase 20.000 atendimentos médicos, psicológicos e sociais, além de dar suporte substancial à recuperação de 200 escolas atingidas pelas enchentes.
A apresentação de Colombo teve início com a prestação de contas das ações realizadas pelo SESI durante o período mais crítico das enchentes que afetaram o estado. Pouco mais de 50% foram utilizados. O superintendente destacou as dificuldades logísticas e de mobilidade enfrentadas, o que torna necessária a contínua mobilização das equipes do regional e do poder público local para atender a população afetada.
No início de junho, o SESI-RS apresentou um projeto de assistência alinhado com a estratégia de atuação do governo do estado, seguindo os princípios da defesa civil. O projeto foi dividido em três fases: a fase inicial de assistência, que envolveu a atuação em abrigos e apoio emergencial; a fase de restabelecimento, que consistiu na ajuda na recuperação dos serviços básicos; e a fase de reconstrução, cujo objetivo é apoiar a retomada dos sistemas de saúde e educação, para garantir a plenitude de funcionamento.
Durante as enchentes, o SESI foi a organização que mais disponibilizou abrigos no estado, atendendo mais de 2.600 pessoas. Colombo descreveu a situação como "parecida com uma guerra", devido ao colapso das infraestruturas e à necessidade de atendimento imediato às pessoas afetadas.
O SESI disponibilizou equipamentos e barracas de alta qualidade para garantir a continuidade dos serviços de saúde, inclusive oferecendo atendimento psicológico gratuito aos trabalhadores da indústria. Colombo também mencionou o reconhecimento recebido por autoridades e pela mídia, agradecendo ao apoio do CN-SESI e das entidades parceiras que contribuíram para a recuperação das áreas afetadas.
Encerrando sua apresentação, o superintendente do SESI-RS ressaltou a importância das parcerias estabelecidas com diversas entidades, incluindo a Federação das Indústrias, secretarias de saúde e educação, e o governo federal. Essas colaborações foram fundamentais para a operacionalização nas unidades de saúde e escolas, além da logística de distribuição de cestas básicas à população afetada.
Por meio de um vídeo, exibido por Colombo, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, enviou uma mensagem para agradecer o apoio do SESI na assistência ao povo gaúcho. Na íntegra:
“Meus amigos e amigas do SESI. Eu estou passando aqui para agradecer a parceria institucional do SESI com o nosso governo, para apoiar muitas ações de auxílio à população e reconstrução do estado, em razão da tragédia que a gente sofreu com as enchentes, e uma parceria especial nas áreas da saúde e da educação.
Graças à cooperação com SESI, a gente pôde levar unidades, móveis, tendas com serviços de saúde para dezenas de municípios, com atendimentos, desde médicos, enfermeiros, até psicólogos. Assistentes sociais já fizeram quase 20.000 atendimentos na educação. Essa parceria com SESI, para aquisição de equipamentos imobiliários, está nos permitindo recuperar 200 escolas atingidas pelas enchentes.
No total, o SESI aportou R$ 65 milhões de reais para auxiliar o estado no enfrentamento da calamidade. Então, em nome do presidente do Conselho Nacional do SESI, Fausto Augusto Júnior, fica o meu abraço de gratidão por esse apoio fundamental. A gente segue juntos, muito obrigado.”