O Conselho Nacional do SESI aprovou a resolução 0042/2024, que garante R$ 65 milhões para ajudar no enfrentamento à calamidade no Rio Grande do Sul. O recurso será aplicado em ações de assistência em saúde, educação, reestabelecimento de serviços essenciais, reconstrução de estruturas, aquisição de suprimentos e materiais de divulgação de campanhas de doação para atender demandas emergenciais sob a coordenação do SESI-RS.
No mesmo ato, foi aprovado um recurso de R$ 300 mil do Conselho Nacional do SESI, com aplicação imediata de R$ 140 mil desse montante, que foi gasto em materiais que já foram enviados ao Rio Grande do Sul, incluindo colchões, água potável, velas, papel higiênico e mantas.
Rafael Lucchesi, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI e diretor-superintendente do Departamento Nacional do SESI, representando o presidente da CNI, Ricardo Alban, considera que a rede de solidariedade se formou de forma rápida, com a participação ativa de importantes setores da indústria. “O que nos une aqui nesse momento é a solidariedade, o espírito de pertencimento ao Brasil”, sublinhou Lucchesi.
De acordo com informações do superintendente Regional do SESI-RS, Juliano Colombo, a sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), localizada na Avenida Assis Brasil, em Porto Alegre, encontra-se alagada, do subsolo ao primeiro andar.
Juliano apresentou dados sobre a situação em que o RS se encontra e a assistência dada pelo SESI-RS aos atingidos pelas enchentes. “Em Canoas, a gente recebeu pessoas no primeiro dia. As pessoas vinham de carro, vinham de caminhonete com gente em cima... as pessoas desciam molhadas com cachorro na mão, com uma criança no colo, chorando. As pessoas davam graças a Deus, agradeciam por estarmos acolhendo-as”, relatou Colombo.
Quintino Marques Severo, conselheiro representante dos trabalhadores e morador de São Sebastião do Caí, cidade a 67 km de Porto Alegre, foi uma das vozes ativas durante a reunião que aconteceu nesta segunda-feira (6). No encontro online, onde todos os representantes dos trabalhadores conversaram com o conselheiro gaúcho destacou a situação crítica na região.
O conselheiro enfatizou a urgente necessidade de água potável, alimentos e roupas íntimas, especialmente nos municípios mais afetados como Canoas, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, além de São Sebastião do Caí, que está isolada devido a problemas na BR 116. Ele chamou atenção para a necessidade urgente das doações e enfatizou a importância de um planejamento eficaz para garantir que os mantimentos cheguem aos locais atingidos com máxima rapidez.
Outros conselheiros, como Artur Bueno de Camargo, da NCST, destacaram a mobilização de suas instituições sindicais para enviar alimentos e roupas. Camargo falou da mobilização da entidade sindical a que é filiado e lembrou da possibilidade de escassez de arroz, já que o estado é o maior produtor no país. Cida Trajano e demais conselheiros sindicais também se colocaram à disposição para ajudar na causa. Representando o ramo de calçados da Força Sindical, o conselheiro Rogério Aquino, alertou para a prioridade em salvar vidas, mas também de cuidar do patrimônio danificado do SESI. Ele também mencionou a iniciativa de seu sindicato de pedir ajuda aos empresários do setor de calçados para contribuir com o Rio Grande do Sul.
Diante dessa situação crítica, o trabalho conjunto e solidário do Conselho Nacional do SESI, dos Departamentos Nacional e Regionais do SESI e das instituições sindicais se mostra essencial para atender às necessidades imediatas da população atingida no estado. A solidariedade e ação conjunta são fundamentais para enfrentar esse momento de tristeza que toma o sul do país.
