O empresário Ricardo Alban assumiu nesta terça-feira (31/10) o cargo de presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em seu discurso de posse, Alban demonstrou modernismo, ressaltando a importância da indústria para o desenvolvimento do Brasil, reconhecendo os esforços do atual governo na busca pela neoindustrialização do país. Eleito em maio deste ano, Alban substitui Robson Braga de Andrade, que estava à frente da instituição desde 2010. A cerimônia contou com a presença de Vagner Freitas, presidente do Conselho Nacional do SESI.
O novo presidente da CNI aponta seu mandato para a retomada do protagonismo da indústria brasileira. "Depois de anos de declínio, temos uma oportunidade única, talvez a última dessa geração, de revitalizar o nosso setor e entregar ao Brasil tudo que uma indústria forte e dinâmica pode entregar a um país: desenvolvimento econômico e social, com inovação e geração de empregos de mais qualidade", declarou Ricardo Alban.
Em seu discurso de posse, Alban fez questão de cumprimentar o presidente Vagner Freitas. Freitas, por sua vez, defendeu que a indústria é um dos principais pilares do desenvolvimento e afirma que “sem a indústria não há desenvolvimento”’. O presidente do Conselho Nacional do SESI declarou ainda que considera Alban um líder de visão empresarial, com a qualificação necessária para dirigir a CNI.
“Todos sabem a importância que a CNI tem no contexto econômico brasileiro. Espero que Ricardo Alban e sua diretoria tenham muito sucesso. Coloco o Conselho Nacional do SESI à disposição ao que for necessário para contribuir com o desenvolvimento do Brasil”, garantiu Vagner Freitas.
Na presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, Ricardo Alban valorizou as medidas adotadas pelo BNDES e a recriação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), destacando os avanços empreendidos pelo governo nessa área. Ele enfatizou a necessidade de equilíbrio social como base para o desenvolvimento industrial, mostrando compreensão sobre a importância da participação dos industriários e das questões relacionadas ao trabalho para o crescimento do setor.
Alban demonstrou também engajamento com o SESI e o SENAI, comprometendo-se a destinar mais recursos para essas instituições. Ele ressaltou a importância de parcerias internacionais para o crescimento da indústria brasileira e mencionou a proposta do governo brasileiro nesse sentido.
O novo presidente da CNI abordou ainda a temática vital da matriz energética, reconhecendo-a como cerne no debate para a retomada do Brasil. Com ênfase, mencionou que o país possui 85% de sua economia baseada em energia limpa proveniente de fontes renováveis, demonstrando a atenção dada a essa questão.
Outro ponto mencionado por Alban foi a necessidade de parcerias com o mercado financeiro para garantir o financiamento da indústria. Ele propôs um debate construtivo com essa área, buscando soluções para impulsionar o setor industrial brasileiro.
O discurso proferido pelo presidente Alban foi abrangente. Contemplou ainda a questão da posição das mulheres nas corporações. Assumindo o compromisso de apoiar o Fórum Nacional da Mulher Empresária, Alban disse que é necessário “criar condições para as mulheres ocuparem mais espaço nas lideranças empresariais e institucionais. Ainda que na CNI as mulheres representem 59% dos cargos de liderança, temos muito poucas mulheres presidentes de Federações”.
Houve também o compromisso de expandir o “know-how” do Sistema S para atender, segundo o presidente da CNI, “as enormes demandas que virão com a neoindustrialização”. Ainda sobre Educação, Ricardo Alban mencionou uma proposta do ministro Fernando Haddad para que o Sistema Indústria ofereça contra turno profissionalizante aos alunos da rede pública: “Estamos dispostos a pensar fora da caixa até porque a caixa não nos serve mais", em alusão ao apoio que pretende dar ao poder público sobre a questão.
Os compromissos assumidos em relação ao fortalecimento da indústria e do Sistema SESI/SENAI, a valorização do equilíbrio social, as parcerias internacionais, a matriz energética e a colaboração com o mercado financeiro foram alguns dos elementos que tornaram a ocasião uma das mais promissoras no cenário recente da Confederação Nacional da Indústria.
Perfil
Alban é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal da Bahia e diplomado em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas da Bahia. É sócio-diretor da Biscoitos Tupy, fábrica de alimentos criada por sua família. Trabalhou no Citibank no início dos anos 1980. Alban é reconhecido por sua visão estratégica e habilidades em gestão.
FIEB
O período de Alban como presidente da FIEB foi marcado por uma visão inovadora e estratégica, com foco em impulsionar o desenvolvimento tecnológico e sustentável da indústria baiana, contribuindo para o fortalecimento do setor e a promoção do progresso econômico e social da região.
Membros da diretoria e do Conselho fiscal da gestão 2023-2027
