Em resposta ao apelo dos cooperados acreanos, o Conselho Nacional do SESI (CNSESI) uniu forças à Fundação Banco do Brasil (FBB) em um esforço conjunto para incentivar a bioeconomia e alavancar o desenvolvimento socioeconômico da região Norte. Com esse propósito, o presidente da FBB atendeu, na última quarta-feira (23), ao pedido de Vagner Freitas, presidente do Conselho Nacional do SESI, para trabalharem juntos na busca de soluções que fortaleçam a indústria cooperativista.
A reunião contou com a presença de representantes do setor cooperativista do Estado do Acre, que abordaram uma série de temas essenciais para o fortalecer o segmento, como o aprimoramento da educação dos cooperados e a oferta de incentivos financeiros para impulsionar avanços tecnológicos. Além do presidente do CNSESI, estiveram presentes Valdemiro Rocha, presidente do Sistema OCB do Acre; Jonas Lima, presidente da Coopercafé; Manoel Monteiro, superintendente da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), por teleconferência; e Kleytton Morais, presidente da Fundação Banco do Brasil (FBB).
Os representantes da Cooperacre expuseram ao presidente da FBB as diversas barreiras que prejudicam o crescimento produtivo das cooperativas. Manoel Monteiro, superintendente da Cooperacre, abordou questões relacionadas à aquisição de equipamentos, assistência técnica e logística, destacando os problemas de armazenamento e transporte que comprometem a capacidade dos pequenos produtores em garantir a qualidade dos produtos durante o processo de escoamento .
Em julho deste ano, o presidente do Conselho Nacional do SESI, Vagner Freitas, conheceu in loco os processos de produção da Cooperacre, que abrangem castanhas-do-Brasil, borracha, polpa de frutas e palmito de pupunha. As etapas seguem práticas de desenvolvimento sustentável e preservação da diversidade natural e cultural da Floresta Amazônica.
De acordo com Freitas, “o apoio financeiro destinado ao fortalecimento da produção cooperativa não é apenas assistencialismo, mas um investimento em um processo que pode se tornar uma vitrine do desenvolvimento econômico do Brasil no exterior. As cooperativas do Acre fortalecem os pequenos produtores e cooperativas, preservando o meio ambiente do bioma Amazônico, respeitando os indígenas da região”.
O presidente Kleytton Morais, da Fundação Banco do Brasil, determinou a criação de um comitê para tratar dos aspectos técnicos para a formatação de um acordo de cooperação. Ele enfatizou que as metas da Fundação Banco do Brasil convergem com as demandas apresentadas pelos representantes da Cooperacre.
As regiões Norte e Nordeste são prioritárias nas ações estratégicas da Fundação Banco do Brasil. A equipe técnica do banco propôs a assinatura de um acordo de cooperação envolvendo as cooperativas e órgãos do Sistema S, incluindo o SESI visando a melhora do nível de educação dos cooperados.
COOPERACRE
A Cooperacre, que movimentou mais de 38 milhões de reais em bioeconomia em 2022 e impactou diretamente cerca de quatro mil famílias, se destaca no mundo da agroindústria como um exemplo de sucesso no país. A cooperativa é reconhecida por ser a maior produtora de castanhas-do-Brasil beneficiadas do Brasil.
O grupo exporta seus produtos para mais de nove países, beneficiando diversas comunidades no estado. Além das castanhas, os cooperados também produzem frutas para o comércio local e derivados de leite, por meio da Coopel Acre.
As iniciativas das cooperativas têm papel importante na recuperação de áreas devastadas e na preservação da floresta. A proposta de incentivo dos cooperados priorizam o desenvolvimento econômico com boas práticas de sustentabilidade, novas tecnologias, recuperação de áreas degradadas, reflorestamento e um forte impacto social positivo na vida dos produtores.
Essa parceria entre o Conselho Nacional do SESI, Fundação Banco do Brasil e cooperativas representa um passo significativo no desenvolvimento humano, na melhoria da cadeia produtiva no Norte do Brasil e na promoção da indústria cooperativista.