Empresas de médio porte, cujo faturamento ficou entre R$ 4,8 milhões e R$ 78 milhões, iniciaram em julho de 2018 o envio de dados pelo eSocial. Isso já era obrigatório para as grandes empresas, já as micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional, inclusive o Microempreendedor Individual (MEI) e as entidades sem fins lucrativos começaram a enviar seus arquivos em janeiro deste ano.
Para o instrutor Ricardo Alexander Gabriel, que ministrou o curso “eSocial nas Rotinas de Recursos Humanos, Saúde e Segurança no Trabalho”, na quinta-feira (14), na Fiemg, em Ipatinga, de forma padronizada e simplificada, o eSocial reduzirá custos e tempo das áreas de Recursos Humanos e Contábeis das empresas na hora de executar várias obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas.
“Todas as informações coletadas pelas empresas vão compor um repositório de dados único, administrado pelo governo federal, que abrangerá mais de 40 milhões de trabalhadores e contará com a participação de mais de 8 milhões de empresas, além de 80 mil escritórios de contabilidade”. E acrescentou, “todos os envolvidos nas rotinas de RH e gestores precisam saber quais são os impactos, desafios e como reduzir os riscos de passivos trabalhistas, previdenciários e tributários dentro do projeto”.
Ricardo Alexander Gabriel acredita que o eSocial vem para melhorar a fiscalização na relação governo x empregador x trabalhadores e evitar ou pelo menos reduzir a quantidade de fraudes e sonegações devido à falta de consistência dos dados enviados e também à falta de cruzamento de informações entre os órgãos do governo.
“No momento em que o eSocial estiver funcionando para todos os empregadores no Brasil, todas as partes envolvidas poderão beneficiar dessa redução de burocracia na entrega das obrigações, mas as empresas devem ficar atentas, pois o eSocial poderá penalizar bastante as empresas que não corrigirem seus processos internos para processamento da folha de pagamento e também quando as informações de segurança e saúde do trabalhador forem enviadas”, pontuou.
De acordo com o analista de relações empresariais da Fiemg, Luiz Sérgio Martins Júnior, o tema tem sido abordado com frequência pela entidade, principalmente, devido a sua complexidade. “Por meio de capacitações orientamos e auxiliamos a indústria no cumprimento das novas regras a fim de atender a legislação de forma correta, evitando futuras multas”, concluiu.