Nesta segunda-feira, 14 de outubro, Luiz Césio Caetano assumiu a presidência da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e do Centro Industrial do Rio de Janeiro (Cirj), sucedendo Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, que liderou a entidade por 29 anos.
A cerimônia, realizada na capital fluminense, teve início com a interpretação do Hino Nacional pela Orquestra Maré do Amanhã, acompanhada pelo coral (En)Canta da Escola Firjan-Sesi Nova Iguaçu. A apresentação deu o tom solene à ocasião, destacando o compromisso da entidade com a educação e a cultura.
O evento de posse marcou a continuidade de uma gestão voltada para a inovação e o fortalecimento industrial, com ênfase ainda maior na sustentabilidade.
Luiz Caetano destacou a Firjan como protagonista no desenvolvimento da indústria fluminense e relembrou o início de sua carreira, em 1970, como estagiário na Sal Cisne. Após passar por outras empresas, retornou à companhia em 1984 como diretor industrial, onde hoje ocupa o cargo de diretor corporativo e acionista.
“É uma honra liderar uma instituição com tanta história, que tem contribuído para o desenvolvimento do setor industrial e da sociedade fluminense”, afirmou.
Ele também enfatizou o trabalho coletivo com os dirigentes industriais e presidentes de sindicatos que compõem a nova diretoria. “Nos próximos quatro anos, nosso objetivo é fortalecer a indústria no estado, com foco na inovação e na sustentabilidade, além de ampliar políticas públicas em áreas estratégicas, como as pequenas e médias empresas”, disse.
O novo presidente reforçou que “formar, atrair e reter mão de obra de qualidade é um caminho essencial para o país elevar sua produtividade e crescer de maneira sustentável”.
Entre as iniciativas citadas por Caetano destacaram-se o "Portal das Pequenas Empresas" e o grupo de trabalho "Brasil 4.0", que buscam aumentar a produtividade e competitividade das indústrias fluminenses, especialmente após os desafios impostos pela pandemia de Covid-19.
Segundo ele, a crise trouxe lições valiosas sobre adaptação e criatividade no setor produtivo. “A pandemia nos mostrou a necessidade de sermos resilientes e inovadores para superar obstáculos e seguir fortalecendo o setor produtivo”, destacou.
Durante a cerimônia de posse, dirigentes trouxeram à tona e fizeram questão de destacar a história de que a Firjan descende da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional (SAIN), criada em 19 de outubro de 1827, no Brasil Império, sendo a primeira entidade a organizar a indústria no país.
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, que liderou a Firjan por quase três décadas, expressou seu orgulho pela história construída à frente da entidade. Ele ressaltou a importância do trabalho feito pelo Sesi e pelo Senai no Rio de Janeiro, e falou do poder transformador dessas instituições na vida de milhares de pessoas.
Agora, o dirigente seguirá novos desafios como presidente do Conselho Superior da Firjan, onde continuará a contribuir com o desenvolvimento do setor.
O presidente do Conselho Nacional do Sesi, Fausto Augusto Junior, ressaltou a relevância da federação no cenário nacional. “A Firjan desempenha um papel essencial no fortalecimento da indústria. Eduardo Eugênio deixou uma marca importante em sua gestão e, sob a liderança de Luiz Caetano, a entidade certamente continuará promovendo a inovação e a sustentabilidade. A atuação da Firjan tem impacto significativo no desenvolvimento da economia do país, sobretudo em um contexto de transformações tecnológicas, alterações globais e impactos climáticos.”
Indústria Nacional
Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), destacou a importância da Nova Indústria Brasil (NIB).
“Temos muito a fazer para desenvolver uma indústria ainda mais forte. Temos uma política industrial que não tínhamos há muitos anos, como a NIB, que cria condições para tornar o país mais competitivo e inovador,” afirmou Alban, ressaltando a importância da atual política industrial do Governo Federal.
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, igualmente enfatizou o papel estratégico da NIB para modernizar e fortalecer o setor industrial. Alckmin destacou que a nova política está ancorada em três pilares fundamentais: inovação, sustentabilidade e competitividade. Ele frisou que o governo federal destinou R$ 66 bilhões para incentivar a inovação tecnológica, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento de novas soluções.
Para reforçar a competitividade do setor, Alckmin explicou que o governo adotou medidas como o Regime Especial da Indústria Química, que reduz a carga tributária sobre insumos, além da depreciação acelerada de máquinas e equipamentos, facilitando a modernização do parque fabril brasileiro.
“O governo é o braço político do Estado. É passageiro. O que é importante é a nação. A nação é a nossa língua, é a nossa religião, é a nossa cultura, é a luta dos que já morreram. A Firjan é a sociedade civil organizada no que há de melhor: a sua participação,” concluiu o vice-presidente da República, destacando o valor da entidade como um dos pilares de desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Fotos: Paula Johas e Marcelo Martins - Firjan