Escola SESI Dra. Emina Barbosa Mustafa do Amazonas tem chance real de colocar satélite em órbita

Equipe “Os Orbitados” do SESI-AM representa a região Norte na OBSAT nacional

Por: Robson Gomes
16/07/2024 - 16:54
Escola SESI Dra. Emina Barbosa Mustafa do Amazonas tem chance real de colocar satélite em órbita
"Ao infinito e além!" - Os Orbitados representam o SESI na OBSAT | Foto: Thaiane da Silva
A Escola SESI Dra. Emina Barbosa Mustafa, localizada em Manaus (AM), alcançou um marco importante, ao ter alunos e ex-alunos, agora monitores, selecionados para representar a Região Norte na fase 4 da Olimpíada Brasileira de Satélites (OBSAT). A equipe do SESI-AM participa da competição com um minissatélite educacional Cubesat para monitoramento de queimadas na Amazônia. Os professores Ana Caroline Duarte e Nicanor Tiago Bueno são os coordenadores do projeto na escola.

Vencedores do 1º lugar na competição regional norte, “Os Orbitados” podem levar o SESI ao espaço sideral. Isso porque o time, integrado por Ana Clara Duarte da Silva, Cauê Duarte Menezes e as irmãs Beatriz e Giovanna Medeiros de Holanda Coelho, tem chance real de lançar seu satélite em um voo suborbital, caso alcance a fase 5 da OBSAT 2024.

O voo suborbital é uma viagem espacial que ultrapassa 100 km acima do nível do mar, permitindo que o satélite atinja parcialmente o espaço. Este feito coloca o SESI e o ensino no Brasil em evidência global, destacando sua relevante contribuição para o avanço tecnológico brasileiro.

O projeto vencedor dos alunos e monitores do Clube de Ciências do SESI-AM é voltado ao monitoramento de queimadas, por meio de sensoriamento remoto no estado do Amazonas. O intuito dos Orbitados é contribuir com o combate às queimadas provenientes de desmatamento. De acordo com a professora Ana Caroline, o custo do Cubesat é baixo, o que viabiliza trabalhar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com os alunos.

“Inicialmente, os alunos pensam ser impossível construir um nano satélite, mas por meio do projeto eles percebem que é sim possível. O projeto mostra a importância deles na sociedade e que eles podem transformar e melhorar o mundo em que vivem”, avalia a professora Ana Caroline.


Vencedores da competição regional norte, Os Orbitados tem chances de colocar nano satélite em órbita  

Para a coleta dos dados, que ocorre em tempo real após o lançamento, o PION Cubesat educacional dos Orbitados aciona sensores e armazena informações sobre as condições ambientais da floresta durante as queimadas.


O equipamento, que é produzido em impressora 3D, afere temperatura, umidade do ar, concentração de CO2 e ainda envia as coordenadas geográficas dos focos de incêndio. Em solo, a equipe de pesquisa processa e analisa as informações enviadas pelo satélite, que são armazenadas em um banco de dados da central de monitoramento.

O professor Nicanor Bueno avalia que o projeto é a semente que forma profissionais capacitados para atuar na área que está em desenvolvimento no Brasil. “O projeto oferece aos alunos uma experiência prática e empolgante pelo tema. É um trabalho importante, que desenvolve o pensamento científico e os incentiva a seguirem nessa carreira promissora na área da ciência”, conclui Bueno.

Os competidores da OBSAT desenvolvem TubeSats, CanSats e CubeSats, que são pequenos satélites construídos com componentes de baixo custo. Essas tecnologias viabilizam missões reais e permitem que estudantes adquiram experiências práticas e teóricas valiosas em projetos de satélites de pequeno porte.

A OBSAT, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), é uma olimpíada científica nacional organizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI). O evento fomenta o interesse pela ciência e tecnologia aeroespacial entre estudantes do ensino fundamental, médio, técnico e superior, os estimulando a seguir carreiras técnico-científicas.

A próxima fase da competição ainda não tem data definida, mas será divulgada ainda este mês pela comissão organizadora da OBSAT.





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